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CLIPPING: BANDAG

Revista O Carreteiro - Págs.44 a 49 - Recauchutagem: O setor que movimenta o transporte rodoviário



O setor que movimenta o transporte rodoviário

Pelas mãos dos mais de mil reformadores brasileiros passam anualmente cerca de 9 milhões de pneus, com destaque para os produtos direcionados aos veículos que atendem o segmento de transporte. O Brasil atingiu um alto nível de qualidade na área de recauchutagem, e isso faz com que os profissionais da área mantenham uma concorrência acirrada, pois quem não trabalha conforme as regras do mercado perde terreno.


João Geraldo


As empresas que concorrem no mercado de reforma de pneus de transporte convivem num ambiente de grande disputa pela preferência do cliente, elas enfrentam, ainda, o desafio de manter a boa imagem do setor e serem criativas no campo das idéias para oferecer produto e serviço diferenciados, pois fazem parte de um segmento onde os concorrentes de maior peso têm como regra número um preservar o nível de qualidade. Esta qualidade, classificada pelo setor como uma das melhores do mundo — e há quem defenda que boa parte dela se deva à precariedade das estradas brasileiras, as quais judiam demasiadamente dos pneus e faz com que o setor busque soluções — é demonstrada através dos produtos de primeira linha que saem de dentro de empresas como a Bandag, Drebor, Marangoni, Tipler, Tortuga, Vipal e outras marcas igualmente importantes. E para completar o ciclo, entra o trabalho desenvolvido pelas redes de concessionárias, as quais têm, como regra para sobreviver, o compromisso de atender e cativar o transportador. O setor reforma cerca de 9 milhões de pneus por ano no Brasil, segundo dados da ABR, associação que congrega os recauchutadores e reformadores de pneus. Porém, o volume está diretamente ligado à atividade econômica do País e por isso as safras recordes registradas nos últimos anos têm sido importantes para esta atividade, principalmente nas rotas agrícolas, explica Leôncio Barão, diretor de Marketing da Vipal, empresa gaúcha que está há 30 anos no setor de produção de materiais para reformas de pneus. Barão lembra que a Vipal mantém, há anos, um centro de treinamento em Nova Prata/RS, no qual prepara reformadores para a rede e onde também existem modernos equipamentos utilizados no processo de reforma de pneus. Quanto à inspeção de carcaças, um dos estágios de grande importância no processo de reforma, ele tem opinião de que nenhum equipamento disponível atualmente no mercado é capaz de cobrir todas as circunstâncias que cercam esta etapa da reforma. Entendemos que as maquinas são importantes auxiliares, mas sem a capacidade de substituir a experiência de um bom examinador. Aliás, este capítulo é um dos grandes destaques dos treinamentos que desenvolvemos para os reformadores”, explica. Em relação aos processos de verificação da carcaça, a Bandag - que está no mercado brasileiro desde 1975 - emprega um equipamento de ultra-som para análise de carcaças em mais de 80% de sua rede, a qual conta com cerca de 140 concessionárias. No final de abril, a empresa lança um novo equipamento que fará a detecção de microfissuras (furos) nas carcaças a serem recapadas. “Isto significa um avanço no processo de recapagem e uma garantia adicional para os nossos clientes, salienta Roberto Ducatti, diretor presidente da Bandag Mercosul. Ducatti destaca que a atividade de reforma de pneus representa um impacto muito grande na preservação do meio ambiente, e por isso se trata de um setor que requer um trabalho muito forte de alavancagem da imagem. Além disso é um grande gerador de empregos e divisas, em razão das exportações de materiais aqui produzidos. “Vale lembrar também a grande contribuição para a economia de divisas ao País, devido a economia de consumo de petróleo gerada pelo setor’. Ele conclui explicando que para produzir um pneu de carga novo se consome cerca de 24 barris de petróleo, enquanto se utiliza apenas nove barris em uma recapagem. No início deste ano, a empresa entregou a certificação de padrão de qualidade para 13 concessionárias de sua rede. Somadas às 10 que já tinham sido reconhecidas em 2003, a rede passou a contar com 23 casas com 1S0 9001 e selo NTC de qualidade. A certificação tanto por parte da Bandag quanto da NTC significam que o reformador atende um padrão de qualidade para garantir a satisfação dos clientes. Outra marca também consolidada no mercado, com mais de 40 anos de atividades, é a Tortuga, incorporada pela Vipal em 1999. Leôncio Barão, que responde também pelo departamento de marketing da empresa, lembra que um dos problemas do setor é a falta de conhecimento desse mercado por parte da sociedade. ‘O pneu reformado é encarado como um problema e não uma solução, o que realmente ele é, porque tem capacidade de adiar destino final das carcaças, alivia o meio ambiente e contribui para a redução dos custos do transporte, exemplifica Barão. Ele vai adiante e defende que o setor é responsável pela economia de mais de 6 bilhões de reais por ano e mais de 40 litros de petróleo por pneu, caso o transporte rodoviário tivesse de adquirir somente pneus novos, conclui. A empresa conta atualmente com 40 reformadores no Brasil e exporta para a América Latina. Vilmar Streck, do departamento comercial e técnico da lnbras —Indústria Nacional de Produtos de Borracha e Pneumáticos S.A., instalada em Campina Grande do Sul/PR e com 35 anos de mercado, acredita que o segmento tem também outros problemas. Ele diz que com a renovação da frota de caminhões haverá redução na quantidade de pneus recapados. Outro ponto citado por ele é a aglutinação de autônomos em pequenos grupos com poder de negociação com os recapadores, crescimento dos modais ferroviário e hidroviário, além da economia do País, como desafios a serem enfrentados pelo setor. Para Streck, falta união de forças entre associações estaduais juntamente com as associações de classe, tais como a ABR e a ANIP, e no futuro há o desafio da certificação de pneus pelo lnmetro. Porém reconhece que o setor brasileiro tem empresas formadas no trabalho do dia-a-dia nas estradas, as quais fazem valer a experiência acumulada em vários anos de atuação no segmento de recauchutagem. E conclui: “Há uma tendência cada vez maior dos reformadores em trabalhar com bandeiras de pré-moldado e um só fornecedor de materiais”. Israel Viana, da Tipler - outro fabricante de materiais para reformas de pneus instalado no Rio Grande do Sul - que em abril de 2005 chegará à marca dos 30 anos de atuação no mercado, acredita que o setor tem um futuro promissor, mas é preciso investir em estradas, nas indústria e no agronegócio. “Apesar das dificuldades, do péssimo estado de conservação da malha rodoviária e do difícil acesso a máquinas mais avançadas, o setor tem excelência de qualidade nos seus produtos. Após ultrapassarmos estas barreiras, com muito trabalho, seriedade e criatividade, nos tornaremos, sem sombra de dúvidas, o melhor e maior reformador mundial de pneus”, conclui. A produção anual da empresa é de quase 20 mil toneladas/ano de borracha, para atender uma rede de 104 concessionárias espalhadas pelo Brasil. A empresa tem em seu Centro de Treinamento um equipamento alemão que examina a carcaça pelo processo de xerografia, que dispensa a raspagem do pneu. “Todas as informações obtidas em nosso CTT são repassadas periodicamente para os nossos concessionários da rede”, explica. A Tipler, segundo Viana, é pioneira na aquisição do equipamento. A Marangoni, instalada em Minas Gerais, inaugurou sua fábrica em 2001, mas a marca já atuava no País desde 1998 com a importação da Itália de material para reforma de pneus e atualmente conta com 30 reformadores. Só no ano passado a rede cresceu em 20% sua rede autorizada e neste ano continuará investindo em expansão. “No segundo semestre do ano passado expandimos a fábrica e criamos mais empregos com a instalação de novos equipamentos para otimizar a produção”, afirmou Gian Piero Zadra, diretor superintendente da Marangoni do Brasil. Já o diretor comercial da empresa, Fernando Dary, completa que os pontos mais importantes do plano estratégico de atuação da Marangoni este ano são o fortalecimento da marca, desenvolvimento de novos desenhos específicos para o mercado brasileiro, abertura de novos postos autorizados e maior participação em feiras. “Além de fortalecer a marca, nosso principal objetivo é continuar oferecendo um produto diferenciado e expandir nossa atuação em todas as regiões do País”, disse. A DPaschoal, que também atua neste segmento, utiliza o sistema Rec-O-Matic, uma tecnologia própria para reforma de pneus por meio da reconstituição da sua banda de rodagem. A análise da carcaça é feita por um equipamento ultra-som que aponta as alterações na estrutura dos pneus. Quando o cliente entrega um pneu usado, para ser recapado na Recapagem DPaschoal, é feita uma análise se a sua estrutura tem condições de receber uma nova banda de rodagem. De acordo com Fábio Basso, gerente de comunicação da empresa, o custo é um dos grandes diferenciais na procura por pneus recapados, porque, no geral, a economia chega a ser de até 75% do valor de um pneus novo. Fábio acrescenta que o processo de recapagem Rec-O-Matic exclusivo da DPaschoal — se diferencia dos demais existentes no mercado por contar com equipamentos e instalações de última geração e funcionários formados em centro de treinamento próprio, que estão sempre em processo de atualização.

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