Campinas/SP - Quinta, 25 de abril de 2024 Agência de Notícias e Editora Gigo Notícias  
 
 
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Rua Alberto Belintani, 41
Whatsapp: (19) 98783-5187
CEP: 13087-680
Campinas-SP

 

BAIXISTA VÊ A MÚSICA COMO SEGUNDA LÍNGUA  


Músico merece consideração. Esse conceito que norteou a implantação da EM&T em São Paulo e revolucionou o ensino de música no país vale também para a nova franquia EM&T-Campinas. Sediada em local estratégico de fácil acesso (próximo a rodovia Dom Pedro), e ocupando um prédio de 1.300 m2, a escola disponibiliza recursos, instalações e qualidade de ensino. Além das aulas (em horários das 9 às 21 horas) os alunos contam com workshops com músicos, cyber space, workstations para estudos individuais, loja de instrumentos, Luthieria (oficina para conserto de instrumentos), estúdio de gravação, auditório com 130 lugares e 22 salas com isolamento acústico e equipadas para cinco alunos no máximo. Todos os instrumentos são cedidos pela própria escola, que tem institutos de tecnologia específicos para Baixo, Guitarra, Violão, Teclado, Bateria e Canto. A metodologia orienta por Mozart Mello posicionou a escola entre as melhores do mundo e valeram 5 prêmios internacionais de qualidade: Fender Awards (USA)/ Shure (USA) / Sabian (Canada) / Roland Foundation (Japan) / Quality (Mercosul).
Coordenador pedagógico:
prof. Aquiles Faneco
Endereço: Av. Carlos Grimaldi, 145 - Jd. Conceição - Campinas/SP – CEP: 13091-000
Contato: fone: (19) 3206 1100 ou e-mail: campinas@emt.com.br


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Mauro Sérgio se emocionou ao contar sua vida


Quando sentamos no saguão de entrada da Escola de Música e Tecnologia (EM&T) de Campinas, após a sua apresentação, disse-lhe que em função da sua declarada postura evangélica, como jornalista eu ia lhe fazer uma provação.

“Tem problema não. Estou acostumado” – ele respondeu

Então eu disse: - Mauro, a guitarra eletrônica, quando surgiu, foi considerada ‘coisa do demônio’, um instrumento demoníaco. Hoje, no entanto você estimulou os presentes aqui a tocarem na igreja, na casa do senhor, porque lá é o lugar. De instrumento demoníaco para a casa do senhor... A mudança é sinais dos tempos?

“Rapaz, a música é coisa tão sublime que essa coisa aí da guitarra que você contou só pode ter sido história assim tipo publicidade, sabe. Não acredito nesse negócio não. Pra mim, tocar, é algo que me eleva e por isso digo que o pessoal precisa mesmo tocar e na igreja sim, por que não? A música devia ser a segunda língua do ser humano, tão fácil que é a gente se comunicar e se integrar através dela” – ele explicou.

Insisti provocando: - Mas os teus irmãos evangélicos lá na igreja entendem (“curtem”) esse teu som quando não é um hino conhecido deles?

E ele: - Lógico. Eles entendem sim porque sabem que estou fazendo o que eu gosto. Toco por prazer. Me divirto tocando e percebo que os outros têm prazer em ouvir e se divertem ouvindo. Isto não é bom? Então vamos nessa, irmão.

UM POUCO DA HISTÓRIA DELE
Apesar dos 35 anos, “o cara” tem muita história para contar. Ele é casado e tem três filhos.
Diz que nasceu de uma família humilde, muito humilde mesmo do interior do Maranhão. Desde cedo sempre freqüentou a igreja junto com a família e desde cedo também começou a gosta de música. Do gosto à prática foi um pulo. Virou “batera”. Com o passar do tempo descobriu o baixo e o livro “Bass Solo” de Nico Assunção lhe abriu os olhos.

Para aprender a tocar, sem dinheiro e no interior do Maranhão, muitas vezes percorreu os 165 quilômetros que distanciavam sua cidade da capital São Luiz, de bicicleta. “Cerca de 15 horas de viagem. E era isto, ou isto mesmo”. Mais ainda: sem “grana” nenhuma mesmo, muitas vezes se alimentou de ovo com farinha de mandioca. “Mas o tempo foi passando e as coisas se aprumando”.

Por volta dos 22 anos, o “cara” que só vivia na igreja e em roda da família resolveu dar ouvidos a outros do meio musical sobre seu jeito de viver. Rodou. O álcool, as madrugas e as mulheres entram na sua vida como um furacão. “Meu, fiz tudo que não tinha feito até então. Tomava pra chapar mesmo. E chapava, como chapava... Droga? Não. Nunca virou. Nem erva. Só álcool e mulher”. Por quase quatro anos chegou até a sarjetar. Seus dedos inchados e enrijecidos já não conseguiam dedilhar as cordas e lhe serviram de alerta. Voltou para a igreja, se aprumou, casou, teve os filhos e hoje já não põe uma gota de álcool na boca.

“Toco mesmo com prazer que deus me deu. Adoro tocar. Dou aula de música em escola pública em São Luiz do Maranhão e para um grupo de crianças de uma comunidade próxima da igreja. Hoje não tenho dúvidas em dizer que Pixinga foi a minha luz e que devo a ele muito do que sou”.

OPORTUNIDADE
No finalzinho Mauro Sérgio chamou para o palco o colega Ebinho Cardoso. “Só pra gente brincar um pouquinho”. Os dois dedilharam, dedilharam mas Mauro parou e disse: “Tá faltando um batera aqui. Não tem nenhum batera aí? Tem que ter...”

Tinha. Claudio Ribeiro de Oliveira, aluno da EM&T, integrante da banda “General X”, de Valinhos, levantou procurou pelas baquetas e se postou entre as feras. O som dos três rolou solto. Quem ficou até o final aproveitou e quando eles pararam, aplaudiram, calorosamente.
“Olha, eu fiquei meio assustado em ir lá para tocar com eles. Mas ele insistiu e eu tomei coragem. Foi um prazer muito grande poder estar junto de gente que sabe muito de música”, explicou o ainda mecânico de manutenção industrial, de 28 anos, casado e pai de uma filha.

 


Outras fotos :


Mauro Sérgio e Claudio de Oliveira (o batera sortudo)

 
 
   
   
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