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Rua Alberto Belintani, 41
Whatsapp: (19) 98783-5187
CEP: 13087-680
Campinas-SP
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OLHA O TREM! Samba desembarca domingo no Boteco da Estação
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Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark.
Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664.
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A antiga Estação da Fepasa, que continua atual Estação Cultura, revive as plataformas de embarque lotadas. O público não vai a busca de viagem nos trens de passageiro que já não passam mais. As pessoas são levadas para uma viagem no tempo, através da música, como no domingo dia 2 de fevereiro, ao som de muito samba e de apito de trem, porque não, pois os cargueiros ainda trilham por lá.
Foi assim, com uma certa sensação de surpresa que o sambista Délcio Carvalho engrossou, com um forte “olha o trem!”, os acenos e apupos do público para o maquinista de uma composição de carga de minério que cruzou o pátio da estação no cair da tarde. A resposta do homem na máquina à calorosa recepção daquele aglomerado só podia ser de uma forma.
Ele sabia disso e puxou forte a corda do apito, fazendo soar duas vezes, ainda debaixo do galpão. Foi um delírio! O som que se mantém no tempo como o mais claro dos anúncios de chegada, daquele apito, caiu como a nota que faltava. Além do amplificado pelo microfone “olha o trem” do Délcio, foram emocionantes as reações dos outros quatro no palco – Walter Alfaiate, Jards Macalé, José Luiz da Vila e Moacir Luz – que aplaudiram a passagem da velha composição ferroviária quase agradecendo sua intromissão no terreiro do samba e a contribuição sonoro/musical do maquinista ao apito a vapor.
Muito à vontade, acomodado em mesas de Boteco colocadas nas plataformas o público – dos bairros altos e baixos de Campinas (se é que podemos dizer que isto existe por aqui) – se uniu sem distinção com a roupa de domingo que cabia a cada um. Havia mulheres, lindas, sensuais como só as brasileiras sabem ser, de todas as cores. Havia homens de passos suaves, másculos rodopios com a dama pela cintura. Havia crianças entretidas ora com o samba mais cadenciado, ora com o barulho do trem. Todos, sempre de riso aberto próprio daqueles que vivem a alegria de viver.
O envolvimento da iniciativa privada (Tonico´s Boteco) com a Prefeitura Municipal prova que a receita pode dar certo. Apesar do calor de mais de 30 graus que fustigou Campinas depois de uma temporada chuvosa, surpreendia a muitos o preço acessível da água mineral (R$ 0,50 o copo) diante da ganância de outros comerciantes da região que chegam a cobrar o dobro pelo mesmo produto em dias de movimento na velha Estação por conta da sua nova missão de trazer e levar Cultura através da arte.
Quem perdeu o domingo passado ainda tem boas oportunidades de, travestidos como passageiros do tempo, bebericar ao som de bom (muito bom) samba, no Boteco na Estação.
E de quebra, quem sabe viajar no tempo ao grito de “olha o trem!” ver passar o trem alegrando ouvidos já desacostumados com o tradicional chacoalhar de ferros e o inconfundível apito alegre anunciando a chegada que igualzinho, sem tirar nem por, se torna apito triste anunciando a partida.
Olha quem vem – não de trem – e quando chega na Estação Cultura:
Dia 8 de fevereiro (19 horas): escolha do Rei Momo e Rainha do Carnaval de 2003;
Dia 9 de fevereiro (17 horas): Noite Ilustrada e Quarteto de Cordas Vocais e depois, às 19 horas tem apresentação da Orquestra de Frevo de Caruaru;
Dia 16 (17 horas):Bateria da Escola de Samba da Portela do Rio de Janeiro e, às 19 horas, Dona Ivone Lara com o Quarteto de Cordas Vocais;
Dia 23 (17 horas): Bons Tempos, Quarteto de Cordas Vocais, Mulheres Brasileiras, Choro Bandido e Cupinzeiro – às 19 Paulinho da Viola e Banda.
O Serviço do Boteco na Estação abre duas horas antes dos shows e, além disso, há ainda no local comércio de vários produtos alimentares.
Informações sobre o serviço do Boteco na Estação: Paulo Henrique – (19) 3236 1664.
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