Campinas/SP - Terça, 16 de setembro de 2025 Agência de Notícias e Editora Gigo Notícias  
 
 
  home
  gigo notícias
  profissionais
  publicações
  clientes
  projetos
  entrevistas
  baú de notícias
  clippings
  galeria de fotos
  ensaios
  extra pauta
  cadastre-se !
  contato
Digite a expressão que deseja buscar
Cadastre-se e receba, por e-mail, as últimas do ClickNotícia.


Rua Alberto Belintani, 41
Whatsapp: (19) 98783-5187
CEP: 13087-680
Campinas-SP

 

SABESP ACREDITA SER REFRÊNCIA TARIFÁRIA PARA OUTRAS REGIÕES  


A AGÊNCIA DE NOTICIAS E EDITORA CLICKNOTICIA assumiu, a partir de 2021 as funções que desde 1996 a Comunicativa atuava no mercado de comunicação com características próprias de Agência de Notícias e Editora. Assim, também como agência e editora, a CLICKNOTICIAS se propõe a levantar informações de interesse jornalístico, na macro região de Campinas, espontaneamente ou por demanda para difundí-las através do site www.clicknoticia.com.br. Como Editora ela coloca à disposição de instituições públicas ou privadas o seu corpo de profissionais para produção de publicações jornalísticas em todas mídias disponíveis. Ao conhecer a empresa e suas necessidades no setor de comunicação, podem ser sugeridas ferramentas através da elaboração de um Plano de Comunicação, incluindo jornal para os funcionários, publicações institucionais ou específicas para os clientes, produção de conteúdo para sites, criação de hubs e sites responsivos, entre outras. Esse trabalho é pautado por critérios profissionais e éticos acim a de tudo. A Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística foi criada como prestadora de serviços jornalísticos em abril de 1996 em função da demanda de profissionais capacitados para interrelacionar o segmento corporativo e os veículos de comunicação jornalística. Fone/WS: (19) 987-835187 - (19) 99156-6014


»
Baú de Notícias
» Galeria de Fotos

» Clipping

   


CAMPINAS/SP

Soluções previstas na revisão tarifária da Sabesp podem ser referência para
outras regiões do país
Especialistas avaliam que as indicações sugeridas pelo órgão regulador do estado de São
Paulo viabilizam soluções de longo prazo para a crise hídrica na região metropolitana da
capital, e que poderiam ser adotadas em outros estados. Entre elas, a criação de um
programa de recuperação de mananciais, financiado com parte do valor da tarifa de
saneamento
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 – A revisão tarifária da Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), anunciada em 9 de abril, pode viabilizar soluções de
longo prazo para que haja mais segurança hídrica na região metropolitana da capital. Entre
elas, a criação de um programa de proteção de áreas de manancial, financiado com parte da
tarifa, conforme modelo que já é aplicado em outros estados.
Essa foi a principal conclusão da 2ª Roda de Conversa com Jornalistas, realizada nesta
terça-feira (27) pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), mediada pela presidente
da organização Planetapontocom, Silvana Gontijo. De acordo com especialistas que
participaram do encontro, as regras anunciadas pela Agência Reguladora de Saneamento e
Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) encontram embasamento no arcabouço jurídico do
setor no Brasil. Por essa razão, poderiam ser replicadas em outras regiões do país, que
também enfrentam problemas de abastecimento de água.
Segundo o vice-presidente do IDS, João Paulo Capobianco, a decisão anunciada pela Arsesp
abre uma nova perspectiva na gestão de recursos hídricos, além da mera arrecadação de
recursos. O diferencial, observa, é o envolvimento da empresa prestadora do serviço no
planejamento, na gestão e na aplicação dos recursos arrecadados, com instrumentos de
governança baseados em métricas previamente estabelecidas.
“O que estamos falando é de um sistema mais em linha com a economia circular, que
garanta vida permanente do recurso natural, com reutilização e redução do desperdício.
Para isso, o que importa é o conjunto da obra, com indicadores eficientes e gestão
participativa de toda a sociedade”, disse Capobianco.
A utilização de parte da tarifa da Sabesp para financiamento de um programa de
recuperação de mananciais ainda depende de parecer da Procuradoria do Estado de São
Paulo, mas, segundo os especialistas convidados afirmaram, encontra respaldo na legislação.
A Lei Nacional de Diretrizes para o Saneamento Básico (Lei 11.445/07) tem entre seus
princípios fundamentais a conservação dos recursos naturais e a proteção do meio
ambiente, reforçado pelo novo marco do setor, estabelecido na Lei 14.026/20.
A advogada e ex-presidente do Ibama Suely Araújo afirmou que o modelo proposto pela
Política Nacional de Recursos Hídricos, aprovada em 1997, apresentou limitações ao longo
dos anos, em virtude dos desafios enfrentados pelo setor. Dessa forma, observou, surgiu a
necessidade de complementação de outras fontes de recursos econômicos, além da
cobrança pelo uso da água, previsto na lei.
Entre os projetos de referência de recuperação de mananciais no Brasil, a advogada citou o
Programa Socioambiental de Proteção e Recuperação de Mananciais, de Balneário
Camboriú, em Santa Catarina, realizado pela prefeitura em parceria com a The Nature
Conservancy (TNC).
“Falamos muito da experiência da TNC Camboriú, mas a minha percepção é a de que
precisamos ganhar escala. O caso de São Paulo pode dar esse alcance e ser exemplo no país.
Acho que o importante é fazer o que for possível para envolver todos os municípios da
região metropolitana, em um pacto que também inclua o governo do Estado”, disse Araújo.
Advogado e ex-deputado federal constituinte, Fabio Feldmann ponderou que existe no Brasil
uma falha em relação ao entendimento sobre o valor econômico da água, no momento em
que o usuário paga a conta do serviço. Nesse sentido, Feldmann destacou o papel da tarifa
como instrumento pelo qual o usuário cobre por melhor gestão dos recursos.
“Nada mais razoável que a maior empresa de saneamento da América Latina incorpore o
processo de conservação de água no ciclo hidrológico como um todo. A Sabesp tem que
fazer o planejamento, identificar os parceiros e cobrar por resultados para que os objetivos
relacionados à segurança hídrica sejam cumpridos, principalmente em um momento de
acirramento das mudanças climáticas”, afirmou o ex-deputado.
O oceanógrafo e secretário de Meio Ambiente de São Carlos (SP), José Galizia Tundisi,
destacou que o programa de recuperação de mananciais proposto na revisão tarifária da
Sabesp tem como vantagens ganhos ambientais e econômicos. Segundo Tundisi, o custo de
tratamento em regiões do Estado onde a água tem qualidade excelente oscila entre R$ 2 e
R$ 3 por mil metros cúbicos. Em outras regiões, onde a qualidade é pior, o custo de
tratamento pode chegar a R$ 300.
“Protegermos os mananciais com uma tarifa especial tem um papel fundamental na
quantidade e na qualidade da água. Proteger a floresta é proteger a biodiversidade dessas
regiões, que exercem um papel ecológico e econômico muito importante”, afirmou Tundisi.
Segundo o gerente nacional de Águas da TNC, Samuel Barreto, a Sabesp é responsável por
33 mil hectares de florestas, mas essa quantidade é menos do que precisam as áreas de
mananciais para que esteja garantida a segurança hídrica. No reservatório do Sistema
Guarapiranga, por exemplo, apenas 10% do manancial está preservado.

“Na medida em que os mananciais não estão sendo monitorados, estamos gastando mais
dinheiro da pior forma possível, que é a busca por novos mananciais. Com a perpetuação
desse potencial de captação mais longe a um custo maior, são criados conflitos pelo uso,
como é o caso da disputa recente entre São Paulo e Rio de Janeiro pelo rio Paraíba do Sul”,
lembrou Barreto.
 

 
 
   
   
« voltar  


   Gigo Notícias    Política de Privacidade