CAMPINAS/SP


Em busca de independência e poder de escolha, participação das mulheres no mercado de investimentos cresceu nos últimos anos

Segundo levantamento da B3, a Bolsa brasileira, em 2020 o número de investidoras pessoa física saltou 118%, mais do que o dobro, passando de 847 mil.

Quando o assunto é o mercado de investimentos e a bolsa de valores, a imagem que nos vem à frente é sempre de executivos de terno e gravata discutindo questões relacionadas ao universo financeiro. No entanto, esse estereótipo está ficando cada vez mais para trás, graças ao avanço das mulheres nesse universo, que já foi predominantemente masculino. Segundo levantamento da B3, a Bolsa brasileira, em 2020 o número de investidoras pessoa física saltou 118%, mais do que o dobro, passando de 847 mil.

No ano passado, elas representaram 26,2% dos 3,2 milhões de pessoas físicas cadastradas na Bolsa. O que mais chamou atenção foi a taxa de crescimento das mulheres em 2020: 118,1%, contra 84,3% do público masculino. Mas quem pensa que o avanço das mulheres no mercado de investimentos seja apenas um dado estatístico está enganado, os números representam algo muito maior.

“Cuidar dos nossos investimentos é um caminho para garantir nossos direitos de fazer escolhas e impor limites, já que existem mulheres que costumam viver um relacionamento abusivo por causa da dependência financeira”, explica Gabriela Marquez de Melo, assessora da Cespe Investimentos, escritório credenciado ao Safra Invest.

Natural de Goiânia (GO), a engenheira queria administrar melhor sua vida financeira, porém, não encontrava tempo. Até que, conversando com alguns amigos, descobriu que todos eles tinham em comum um profissional para cuidar do dinheiro. "Certa vez esse educador financeiro foi até a minha empresa para ministrar uma palestra e eu fiquei interessada nesse universo, pois até então imaginava que esses assuntos fossem muito complexos", diz Gabriela.

Foi então que ela decidiu contratar os serviços oferecidos por Tiago Cespe, fundador da Cespe Investimentos. Através dessa consultoria, ela conseguiu aumentar seu rendimento, aprendeu como cuidar do próprio dinheiro da melhor forma e a importância de poupar sempre que possível. “Até brinco que hoje em dia sempre indico para as pessoas meu terapeuta e meu consultor financeiro, pois cuidar do emocional e do patrimônio nos ajuda muito a conseguir conquistar uma boa qualidade de vida”, ressalta a assessora.

Depois de 13 anos trabalhando como engenheira, Gabriela queria se renovar e investir em novos desafios profissionais. Como estava empolgada com o universo da economia e investimentos, um amigo comentou sobre a possibilidade de investir na carreira de agente autônoma. Após conversar com Tiago sobre a vontade de ingressar nesse ramo, ela fez um prova para conquistar o certificado, e, assim que havia sido aprovada, começou a trabalhar com o mesmo profissional que há cinco anos tinha feito uma palestra na empresa que ela atuava como engenheira e a influenciou a ser uma profissional da área financeira.

Hoje ela mora no Rio de Janeiro, sede do escritório, e quer incentivar cada vez mais as mulheres a conquistarem a própria independência financeira. "Não trata-se apenas de lucros ou cifras, estamos falando de poder de escolha, pois, quando uma mulher tem uma reserva financeira, ela não é obrigada a esperar para tomar uma decisão ou trabalhar em alguma condição específica, ela pode decidir por aquilo que ela acredita ser o melhor para sua vida sem depender do dinheiro de terceiros", finaliza Gabriela.