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CENPEC LANÇA PAINEL DE DESIGUALDADES EDUCACIONAIS  


A AGÊNCIA DE NOTICIAS E EDITORA CLICKNOTICIA assumiu, a partir de 2021 as funções que desde 1996 a Comunicativa atuava no mercado de comunicação com características próprias de Agência de Notícias e Editora. Assim, também como agência e editora, a CLICKNOTICIAS se propõe a levantar informações de interesse jornalístico, na macro região de Campinas, espontaneamente ou por demanda para difundí-las através do site www.clicknoticia.com.br. Como Editora ela coloca à disposição de instituições públicas ou privadas o seu corpo de profissionais para produção de publicações jornalísticas em todas mídias disponíveis. Ao conhecer a empresa e suas necessidades no setor de comunicação, podem ser sugeridas ferramentas através da elaboração de um Plano de Comunicação, incluindo jornal para os funcionários, publicações institucionais ou específicas para os clientes, produção de conteúdo para sites, criação de hubs e sites responsivos, entre outras. Esse trabalho é pautado por critérios profissionais e éticos acim a de tudo. A Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística foi criada como prestadora de serviços jornalísticos em abril de 1996 em função da demanda de profissionais capacitados para interrelacionar o segmento corporativo e os veículos de comunicação jornalística. Fone/WS: (19) 987-835187 - (19) 99156-6014


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CAMPINAS/SP


Painel de desigualdades educacionais no Brasil evidencia sobreposição de barreiras que agravam o cenário da educação básica do país

Iniciativa lançada pelo Cenpec traz dados com análises que facilitam a compreensão das desigualdades educacionais enfrentadas por estudantes, docentes, escolas e territórios do país.


Para ajudar a compreender o cenário da educação básica do país, o Cenpec lançou na última quinta-feira, 17/09, o Painel de desigualdades educacionais no Brasil, que permite um acesso fácil e simplificado aos dados e análises sobre o assunto.



Conforme explica Romualdo Portela de Oliveira, diretor de pesquisa e avaliação do Cenpec, a criação desse material vem ao encontro de dois objetivos: "O primeiro é facilitar o acesso às informações já disponíveis e públicas sobre a educação. Em segundo lugar, o Painel tem um papel de ser educativo, ou seja, de sensibilizar e apoiar famílias, estudantes, professores e professoras, gestores e gestoras educacionais, pesquisadores e pesquisadoras, a mídia, além de toda a sociedade, na construção de ações de enfrentamento dessas desigualdades educacionais."



Na prática, as usuárias e os usuários poderão navegar por dados e análises a partir de duas entradas. A primeira está relacionada aos resultados de permanência escolar, que abarcam números de reprovação, distorção idade-série e abandono escolar. Nessa área, é possível visualizar esses dados atrelado às análises a partir do contexto de estudantes, das escolas ou dos territórios brasileiros. E para cada contexto, existem filtros que ajudam a pensar esses dados a partir de marcadores sociais: no caso de estudantes, é possível filtrar pelo perfil de sexo e raça/cor; para o contexto escolar, a dependência administrativa, ciclo ou etapa da educação básica e ano/série; e sobre os territórios, as regiões, estados e localizações rural ou urbana.



A segunda entrada direciona um olhar para a formação inicial docente no Brasil, fator fundamental para se pensar as condições de oferta educacional do país. A partir de então, é possível filtrar os dados por estado e município, pela etapa de ensino, pela própria escola, e ainda por zona rural ou urbana.



No lançamento do Painel, Romualdo ressaltou que a ferramenta permite visualizar um cenário em que as desigualdades educacionais se sobrepõem e potencializam. Exemplo disso é que em alguns estados onde há maior distorção de idade-série, também é possível perceber que nesses locais existe uma oferta maior de professores sem formação acadêmica adequada. "No fundo, o combate às desigualdades demanda uma ação sistêmica, atacando diversos problemas, ainda que seu fenômeno aparente esteja em uma dimensão", conclui o especialista.



Além de dados comentados, o Painel traz ainda uma série de conteúdos temáticos que ajudam a compreender o contexto histórico das desigualdades e as políticas públicas voltadas ao enfrentamento desse cenário. De modo complementar, a plataforma pretende inaugurar, em breve, uma Comunidade de ações para a equidade, em que docentes, gestoras(es), pesquisadoras(es) e demais interessadas(os) poderão compartilhar iniciativas que fazem a diferença e ajudam a transformar a educação brasileira.



No lançamento do projeto, a presidente do Conselho de Administração do Cenpec, Anna Helena Altenfelder, enfatizou que o Painel é um material dinâmico e contará com atualizações constantes de dados, além de prever a inclusão de novos filtros e categorias de análises.



Altenfelder ainda reforçou que a iniciativa não tem a mesma pretensão dos rankings escolares, muito comum em materiais que abordam o cenário educacional do país. A principal contribuição deste Painel é promover a compreensão, de modo contextualizado e acessível, das desigualdades que permeiam a educação básica brasileira, para que tomadores de decisão e outras pessoas engajadas com a educação tenham subsídios para atuar na reversão desse cenário. "Um ponto importante do nosso Painel é entender o contexto histórico [das desigualdades]. Quando trazemos dados como o dos alunos, de sexo, raça e outros marcadores sociais, queremos olhar para essas informações de desigualdade para, assim, entender quais caminhos podemos seguir", argumentou Anna Helena.

Especialistas destacam importância do Painel e discutem os desafios para o enfrentamento das desigualdades educacionais




"O Painel é fundamental porque só vamos conseguir avançar na educação e superar o retrocesso dos últimos anos se tivermos clareza de enfrentar as desigualdades educacionais", afirma Maria Alice Setúbal, fundadora do Cenpec, na abertura do evento de lançamento do Painel. Ao remontar o contexto dramático da educação básica do país, que tem retrocedido a patamares de 20 anos, a especialista reforça a importância da iniciativa na função de capturar o retrato das desigualdades educacionais e traduzi-lo, de maneira acessível e didática, para a sociedade.



O encontro on-line reuniu ao vivo o ex-ministro da educação e atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine, e a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especialista em educação e relações étnico-raciais, Petronilha B. Gonçalves e Silva.



Em sua fala, Renato Janine lançou luz sobre a questão histórica das desigualdades e iniquidades que, em sua visão, constituem o próprio projeto de país, datado há 500 anos. Nesse sentido, o atual presidente da SBPC reflete que a igualdade é uma questão ética-moral, mas também de ordem econômica, e é justamente essa visão que o Brasil ainda persiste em refutar, reproduzindo desigualdades e impedindo o país de avançar como um todo.



"Uma boa parte da população está excluída por questões de educação, de saúde, de renda, de moradia e de transporte. Há um leque grande de fatores que acarretam a desigualdade e, portanto, fazem com que as pessoas mais pobres tenham, às vezes, dificuldade de identificar sua vocação, quanto mais terem espaços para realizá-las. Quantos médicos não perdemos, quantos engenheiros, cientistas, artistas, empresários, porque nasceram no CEP errado, em lugares pobres. Então além do imperativo ético e moral, há uma visão prática, pragmática. O Brasil já foi a sexta economia do mundo e hoje caímos para a 12ª", analisa Janine.



Em sinergia com a perspectiva histórica das desigualdades, Petronilha B. Gonçalves e Silva trouxe em sua fala a importância da representatividade na educação e como isso reflete na promoção da qualidade e equidade na educação. A especialista foi a primeira mulher negra do país a integrar o Conselho Nacional de Educação e analisou os desafios que as escolas, as(os) docentes, os conselhos e as secretarias têm pela frente na luta contra o racismo, fator que incide diretamente na vida escolar de milhares de crianças, adolescentes e jovens do país.



"A grande pergunta que devemos nos fazer é: que país nós queremos? Qual é o nosso projeto? Como é que o meu povo - seja eu pertencente ao grupo de afro brasileiros - como é que cada um de nós, com a contribuição que os nossos povos nos dão e continuam trazendo ao país, vamos juntos construir um projeto de nação? É que ainda não aprendemos a fazer isso. Parece que o projeto de país ainda é uma disputa, de quem que pode mais", reflete Petronilha.



Mais especialistas também somaram vozes para refletir sobre as desigualdades e as oportunidades de promover equidade na educação. O evento contou com depoimentos gravados de André Lázaro, diretor de políticas públicas da Fundação Santillana; Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Ivan Siqueira, conselheiro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação; Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Ricardo Henriques, economista e superintendente executivo do Instituto Unibanco; Rozana Barroso, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Sueli Carneiro, coordenadora executiva do Geledés.



A transmissão completa da apresentação do Painel com os depoimentos de especialistas estará disponível em breve no canal do Cenpec no Youtube.





Sobre o Cenpec

O Cenpec é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que constrói equidade e qualidade na educação pública brasileira. Fundado em 1987, o Cenpec contribui no desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, na formação de profissionais de educação, na ampliação e diversificação do letramento e no fortalecimento da gestão educacional e escolar. Em parceria com redes de ensino, espaços educativos e outras instituições de caráter público e privado, atua dentro e fora das escolas públicas para diminuir as desigualdades e garantir uma educação de qualidade a todos e todas.
 

 
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