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Campinas-SP

 


ENTREVISTA

 

LUIZ ANTONIO FERNANDES   

Sócio-Proprietário do Colégio Integral


Quem é Luiz Antonio Fernandes?
Luiz Antonio Fernandes é sócio fundador do Colégio Integral Campinas. Desde a época de faculdade encontrou sua vocação profissional no setor educacional. Após cursar por dois anos (1977-1979) Engenharia Eletrônica no ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica), Luís Cláudio, transferiu-se no final de 1979 para a Unicamp (Universidade de Campinas), onde concluiu o curso de Matemática. A visão para os negócios também foi um dom revelado logo no início da sua vida profissional. Em 1980, ainda na faculdade, Luiz Antonio teve a idéia e montou uma sala de curso pré-vestibular, com aproximadamente 10 a 12 alunos. Com muita perseverança e ousadia durante esses mais de 20 anos de caminhada, ao lado do seu sócio Luiz Cláudio de Carvalho, conseguiu o sucesso como empresário e como professor. Hoje, Luiz Antonio é Diretor de Marketing de toda a rede Integral e administra também as unidades
localizadas na cidade de Campinas.
 

Clicknotícia: Como surgiu a idéia de montar o Integral?
Luiz Antonio: Nós éramos um grupo de 6 estudantes do ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica) e viemos para Campinas, em 1979. Ainda na condição de estudante e em busca da continuidade, no meu caso, do curso de matemática, na Unicamp, eu comecei a ter que trabalhar para me sustentar, e entre outras coisas, comecei a dar aula. Foi aí que rapidamente a idéia de montar o curso surgiu. Em janeiro de 1980, a primeira turma com o nome de Integral já era realidade.

Clicknotícia: Quem eram as pessoas envolvidas?
Luiz Antonio: No início fui eu. Depois alguns amigos do ITA acabaram vindo e comprando a idéia junto comigo. Hoje, eu e o meu sócio Luiz Cláudio somos remanescentes desse grupo.

Clicknotícia: Qual era a estrutura inicial do Integral? 
Luiz Antonio: Nos primeiros anos emprestamos a estrutura de uma escola de inglês, em Campinas, chamada The Way, que ficava na rua conceição nº 1.000. Ali funcionou a 1º turma com mais ou menos 10 a 12 alunos. Depois de seis meses, fundamos o semi-extensivo. Em 1980, nós alugamos uma casa na avenida Norte Sul (Avenida Paula de Souza Campos), nº 763 e aí efetivamente começamos. Ousadia sempre foi a nossa tônica desde o início.

Clicknotícia: Qual a primeira guinada do Integral? 
Luiz Antonio: São várias. A primeira, foi praticamente a mais ousada. Apostamos que sair da escola de inglês e apostar na locação e na reforma de um imóvel. Mas, de fato o movimento que fez com que o Integral ganhasse uma maior exposição foi a mudança para a avenida Júlio de Mesquita (não onde está hoje) e por coincidência também no nº 763 (Mesmo nº da Norte Sul). Essa foi uma mudança muito importante. Aí sim, um movimento ainda maior com a abertura do Ensino Médio, em 1987. Ficamos nessa unidade por dois anos e mudamos para a esquina, onde ainda funciona uma de nossas unidades.

Clicknotícia: Qual o segredo para o sucesso do Integral, nesses 20 anos de jornada?
Luiz Antonio: Não existe um segredo. Existe algumas qualidades que foram encorpardes a cultura e foram especialmente importantes não só pela sobrevivência da escola, mas que também fizeram a diferença para o crescimento. A primeira é perseverança. Ao longo desses quase 22 anos ocorreram muitas tempestades e muitos tropeços no caminho, mas em contra partida somos um grupo sempre muito perseverante e que acredita muito na idéia e nesse tipo de proposta educacional que nós temos. Outra qualidade é muita atualização. Os dirigentes apesar de serem professores, estão sempre muito preocupados em estudar e conhecerem técnicas de administração. Isso também nos ajudou e tonificou a nossa atuação de professores com os conceitos de administração e marketing que fomos buscar nos livros. Uma grande vantagem que nós tínhamos em comum é que temos um espírito autodidata muito desenvolvido e que até hoje é assim. Isso traz um diferencial positivo para a escola, desde a época de cursinho. Nós sempre tivemos uma preocupação muito grande em nos diferenciarmos do mercado. No início, eram classes extremamente reduzidas e isso era um diferencial marcante. Mais recentemente, a aposta em tecnologia foi uma segunda atuação e hoje está fazendo muita diferença.

Clicknotícicia: Então, hoje, o diferencia do Integral é a tecnologia? 
Luiz Antonio: Entre outras coisas. O Mais importante é o fato de ser uma escola exigente. Nós não somos só exigentes nos slogans, ou nos temas de campanha. Nós somos de fato. Aqui o aluno tem que estudar. Nós sempre tivemos esse lema para o cursinho e veio adiante também para os outros tipos de curso que implantamos. Esse é o nosso maior diferencial. A tecnologia foi implantada há alguns anos atrás, onde fomos procurar novas metodologias e desenvolvimento. Essas são duas coisas que eu considero hoje que são os pilares de diferenciação do Integral. O modo que o aluno aprende e o modo que o professor ensina são diferentes do que a gente vê nas outras escolas. Nós temos o método Mais, que foi desenvolvido por nós, especificamente pelo meu sócio, o Luiz Cláudio, foi quem fez o desenvolvimento do modelo que hoje funciona. Ele desenvolveu a ferramenta e foi extremamente importante para a organização dos alunos. Temos vários testemunhos da eficiência dessa ferramenta. Implantamos o chamado professor multimídia, pois, mais importante que a sala de aula multimídia, é o professor multimídia. Sala de aula multimídia qualquer um pode montar, basta você se dispor a fazer um bom investimento, como pendurar um projetor multimídia no teto, colocar computadores, equipamentos de áudio e vídeo, Internet, completar toda a disposição possível. Mas acontece que se aquela pessoa que estiver lá na frente não estiver motivada e se ela não for treinada, esse processo se desfaz, e é o que acontece na maioria das escolas. No nosso caso, a tecnologia é bastante difundida e eu arrisco a dizer que somos pioneiros e estamos bem avançado nisso. Por exemplo, numa aula de geografia, o professor invés de desenhar um mapa na lousa, ele entra no site do IBGE, numa tela de 100 polegadas para todos alunos enxergarem.

Clicknotícia: A Unidade José Bonifácio e Alphaville é um marco nesse processo de modernização da escola? 
Luiz Antonio: A modernização aconteceu antes, na nossa unidade piloto que é na Júlio de Mesquita II, onde fica o cursinho. Ali foi o nosso laboratório. A proposta é o resultado das nossas duas visitas em alguns centros educacionais dos EUA . Tanto eu, quanto o Luiz Cláudio, fomos em dois momentos diferentes e trouxemos muitas coisas de lá. Pasmem! Lá eles estão tentando até agora. Pelo menos, muito recentemente em alguns institutos, o uso de tecnologia dentro das salas de aula ainda é muito discreto.

Clicknotícia: Então, o que você pode tirar de proveito dos EUA e trazer para o Integral?
Luiz Antonio:Alguma concepção de montagem de sala de aula e da arquitetura do equipamento. Enfim, várias coisas relativas tanto a equipamento quanto a abordagem. Uma das coisas que foi marcante e decisiva para o sucesso da empreitada foi enfrentar a resistência para que o professor finalmente abandonasse o giz branco e a aquela lousa cheia de pó. Nós treinamos continuamente todos os nossos professores. Isso como deu certo no 1º ano de funcionamento do cursinho da Júlio de Mesquita e coincidiu com a abertura dessa unidade (José Bonifácio), então aproveitamos essa experiência e todas as salas de aula foram montadas dentro dessa concepção.
 
Clicknotícia: E o futuro? Qual são as metas do Integral daqui para frente?
Luiz Antonio: Nos próximos anos, em relação a Campinas, as metas são de crescimento principalmente no Ensino Fundamental. Nossa tradição é cursinho, depois Ensino Médio e ficamos muito felizes de termos filas de espera em turmas de Pré a Quarta série do Ensino fundamental. Nós quebramos o paradigma de que o Integral é só essa coisa de pré-vestibular. Hoje, o Integral como instituição é encarada como uma escola que atende as necessidades das famílias. Elas procuram o perfil de uma escola moderna com valores tradicionais bem selecionados e aplicados no dia-a-dia.
 
Clicknotícia: Por que a tradição do Integral é em ordem cursinho, Ensino Médio, Ensino Fundamental e infantil?  
Luiz Antonio: Na verdade não é mais assim. A procura maior não é para o cursinho. Eu diria que a procura hoje, entre Ensino Médio e cursinho, são equivalentes e existe uma procura crescente para o Ensino Fundamental. Eu ouvia as famílias dizendo: Lá eles estão preocupados com vestibular. É evidente que nós sabemos que uma criança com 3 a 4 anos de idade não está preocupada com vestibular. Ganhamos o voto de confiança de muitas famílias e esse conceito está sendo modificado. Nós temos vários projetos que visam paralelamente o conteúdo e várias iniciativas no âmbito da formação. Isso as famílias reconhecem e é muito importante.

Clicknotícia: Como será o investimento no Ensino Fundamental? 
Luiz Antonio: Existe um pólo de crescimento bastante promissor que é o Integral AlphaVille. Um projeto ambicioso. O tipo de público que nós atendemos está se tornando denso naquela região. Sem contar o próprio condomínio AlphaVille. Você vê que investimentos estão sendo voltados para aquela área comercial, como shopping centers, malha viária. Naquela posição, que eu acredito bastante estratégica, nós temos a possibilidade de crescer bastante. Foi feita a edificação de uma 1ª etapa. Atualmente temos 8 salas de aula, em AlphaVille. Para se ter uma idéia, nós temos estrutura preparada para um prédio com 18 salas, sem contar os laboratórios. Com o inevitável crescimento que virá nós lançaremos a 2ª etapa, totalizando essas 18 salas de aula por período e com a possibilidade para um futuro mais distante do lançamento de um segundo prédio que já está projetado. Existe um plano de crescimento para as salas. No ano que vem, o Integral Alphaville terá cerca de 500 alunos e o mais curioso é que a maior parte deles não estão morando em Alphaville. Acabou acontecendo uma segmentação geográfica. Em torno da unidade você tem uma série de bairros como Barão Geraldo, São Quirino, que efetivamente estão próximos do Alphaville. O próprio condomínio Alphaville está apresentando um crescimento tão extraordinário que só ele seria responsável por boas partes das vagas. Eu já estou tendo dificuldades de atender a demanda em algumas séries, porque ela não é homogênea. As vezes por uma questão de perfil da família as crianças são de uma idade próxima. Eu já tenho lista de vagas lá em algumas séries.

Clicknotícia: O Integral é um grupo? 
Luiz Antonio: Nós já podemos falar de um grupo. Se ele não é formalizado, ele existe de fato. São empresas coligadas. As quatro unidades de Campinas, a Editora Companhia da Escola e a Integral Franquias e Desenvolvimento, que é a empresa que cuida da estação através de Campinas.

Clicknotícia: Qual a posição do Integral em Campinas?
Luiz Antonio: Em Campinas é o processo de consolidação da posição que ele ocupa com o crescimento que vem no Ensino Fundamental já bastante expressiva. No caso de uma expansão mais ampla, nós estamos crescendo no esquema de franquia. Nós temos já 12 cidades franquiadas do Integral. É uma coisa extremamente nova, Campinas ser um pólo gerador. Ter uma escola que nasceu na cidade, foi desenvolvida aqui e já virou referência regional e tem vocação para ampliar um tanto mais esses horizontes.

Clicknotícia: Como separar com ética o lado empresa e o lado escola?  
Luiz Antonio: Com muita tranqüilidade. Nós somos uma empresa de prestação de serviços e com fins lucrativos. Esta empresa oferece as famílias um serviço que tem um determinado valor estabelecido. A lucratividade é o prêmio que ela recebe por oferecer um serviço tão nobre como é a educação. Não há nenhum tipo de dissociação, não é incompatível. Infelizmente, existe uma imagem distorcida e estereotipada das pessoas em relação ao ensino privado. Ele existe e cumpre a sua função, ainda bem! Ele está cumprindo um papel muito importante para o Brasil. Acho que o incentivo ao ensino público tem que ocupar seu espaço e eu não vejo incompatibilidade em existir simultaneamente. Isso acontece em todos os países do mundo. Ao Integral, vive bem com o conceito de empresa e o conceito de escola. Na verdade as pessoas que tem a palavra empresa como uma coisa negativa. As empresas são importantes quando muito bem administradas. Nós temos o papa do Marketing Philip Kotler, ele tem um livro “Marketing para instituições Educacionais” e esse livro é feito fundamentalmente para universidades norte-americanas. E o mais curioso é que essas instituições não tem fins lucrativos. Então, ter fins lucrativos ou não são coisas que não brigam com o fato de você ter uma empresa eficiente, organizada e há uma confusão nisso tudo. 


 


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